Dançar. Expressar, através do corpo, charme e sensualidade é uma das tarefas de um Gogo Boy ou Gogo Dance. Mestres nas noites das grandes cidades em eventos bem movimentados, o ofício requer talento e disposição. O que para alguns é algo descompromissado, para outros é trabalho sério e de grande responsabilidade. Um exemplo disso é o empresário
Sandro Borges. Atuante no setor, coordena um grupo de jovens que se dedica em trazer alegria e diversão para um grande público.
Borges deu entrevista exclusiva para o
CULTURA VIVA e fala, um pouco, sobre o assunto. Acompanhe!
CULTURA VIVA: Explique, por favor, o que é ser um Gogo Boy. Essa profissão artística envolve dança, apresentação e representação. Existe curso para o ofício?
SANDRO BORGES: Para ser Gogo Boy tem que atuar nas três atividades, tais como: Gogo Dance, Stripper e Tequileiro. Assim, você é reconhecido como Gogo Boy. Não sendo assim, será reconhecido, apenas, pela atividade prestada.
C.V.: Há quanto tempo trabalha na noite? Já teve algum problema de família por isso?
S.B.: Eu, Sandro Borges, danço há 13 anos. Problema familiar, sim. Foi logo no começo com minha mãe, mas, rapidamente, fui reconhecido por toda minha família devido minha postura e profissionalismos, pois hoje em dia sou idolatrado. (risos)
C.V.: Quais são os requisitos principais para ser um Gogo Boy? Apenas ser bonito é o essencial ou sem talento é impossível seguir carreira?
S.B.: Primeiro, saber dançar ou até mesmo ser esforçado para aprender; simpatia, corpo sarado, ser comunicativo e muita disposição...
C.V.: Gogo Boy existe já há algum tempo. Também existe Gogo Girl? Em sua opinião, qual o que atrai mais público nos eventos?
S.B.: Gogo Boy e Gogo Girl surgiram juntos na década de 50 e, até hoje, o que atrai mais o público, com certeza, é o Gogo Boy.
C.V.: Além de trabalhar como Gogo Boy, você também é empresário. Como concilia seus compromissos no dia a dia?
S.B.: Realmente, é tudo muito corrido e agendado. Tenho a empresa Rio Gogo (
www.riogogo.com.br) há sete anos e, agora, com um ano, uma empresa de Transporte Executivo (
www.transportesb.com.br). Também atuo em cinema, teatro e outros fins artísticos. Com todos esses compromissos, ainda consigo estudar. Faço, atualmente, um curso profissionalizante.
C.V.: Você participou do programa “Amor e Sexo” da TV Globo em sua última temporada, recentemente. Televisão está entre suas metas na carreira?
S.B.: É muito bom atuar no cinema, no teatro e na televisão, mas não posso ficar preso esse ramo. O que gosto mesmo é atuar e administrar eventos.
C.V.: O preconceito é uma coisa natural em nossa sociedade, infelizmente. Já sofreu muito pela profissão que exerce? Como lidou com a situação?
S.B.: Na minha concepção, "só tem preconceito os pequenos de alma". Já sofri e muito. Apenas mantive a minha dignidade e respeito, como diz a famosa frase: "respeitar para ser respeitado". Aqueles que insistiram no preconceito ou até a falta de respeito, conheceram outro Sandro Borges e até hoje pedem desculpas.
C.V.: Quais são seus principais planos para um futuro recente?
S.B.: Continuar dirigindo e trabalhando com o que gosto, com as duas empresas que possuo.