Nossa! Que retrocesso na carreira!
O cara foi equivalente a Ministro de Estado. Sentava em condição de igualdade com o Ministro das Relações Exteriores e agora volta a ser um funcionário de escalão intermediário de ministério.
Retorna vendo todos os seus colegas contemporâneos de nomeação no Rio Branco em posição hierárquica superior. Vai para um lugar que é considerado “posto de sacrifício” em um país em guerra e sendo lembrado constantemente de que perdeu o “timing” da carreira diplomática por ter abandonado o serviço para virar político.
O Calero é bem corajoso em retornar para o Itamaraty, não à toa, um lugar apelidado de Butantã. Volta para um ministério onde o perfil dele de homem, branco, cisgênero, sudestino e não assumido vem sendo pouco desejado pelas corretas políticas de inclusão e diversidade no serviço público brasileiro. Lembrando que, quando ele tiver tempo de serviço para virar embaixador, ele precisa da simpatia dos políticos para aprová-lo na comissão do Senado, no plenário do Senado, na Presidência da República e isso ele perdeu, tanto com os políticos de esquerda quanto com os de direita.